A criança acorda e logo pela manhã começam a birras, a irritação e a resistência para tomar banho, comer, sair de casa e ir para a escola. A mãe, num acesso de raiva, grita com seus filhos.
Você já se viu nessa situação? Pode ser que seu filho tenha momentos de obediência, mas as coisas têm sido difíceis. Ele reage mal diante do “não”, grita, quer fazer tudo o que tem vontade. Você acaba ficando muito cansada e perde a paciência, você grita muito mais alto e isso vira uma situação constante. Depois, vem o arrependimento, o sentimento de culpa. Você já não sabe mais o que fazer. Para seu alívio, isso acontece com muitas mães e muitos pais. A criança ainda não sabe se expressar, totalmente através da fala, e testa os limites dos pais na hora de fazer as tarefas mais simples do dia.
A birra e a resistência em realizar as atividades de rotina são recursos que ela usa para se manifestar.
Será com a ajuda dos pais que a criança vai entender seus sentimentos, ela vai vencendo esta fase de descobertas e transformações. Você vai conseguir dar os limites necessários, sem se tornar uma mãe tão descontrolada.
Vou te ensinar como:
- O grito reprime, mas não educa. Além disso, a criança se acostuma com seu tom de voz e passa a prestar mais atenção no som alto do que na mensagem que você quer dizer. Ou seja, não adianta gritar, ela não vai te entender.
- Se você usa o grito como uma estratégia constante de educar, a criança vai se acostumar a isso, é provável que no dia seguinte você tenha que dizer as mesmas coisas e vai continuar gritando com seu filho. Essa estratégia não vai surtir o efeito que você quer.
- O grito é um sinal de advertência para uma situação de perigo ou algo que você queira chamar a atenção, mas não deve ser utilizado sempre. O grito só surte efeito se você chama a atenção da criança, mas logo após, você diminui o som da voz, para um tom moderado. Aí sim, ela vai prestar atenção em você.
- O grito não pode ser o substituto da palmada. Há pais, que não usam as palmadas, proibidas recentemente por lei, mas abusam dos gritos com os filhos. Essa também é uma forma de violência, porque você pode estar coagindo seu filho a fazer algo pela imposição e força.
- O grito sozinho é uma explosão de fúria. Antes de perder a calma com seu filho, reflita sobre o que está acontecendo e por quê você está reagindo assim. De uma criança pequena é esperado um comportamento emocionalmente imaturo já que ela ainda está crescendo, mas de um adulto, se espera autocontrole.