Mordidas na Creche! Que chato! 8 dicas super úteis para lidar com esta situação!

Uma criança foi mordida e você vivencia aquela cena constrangedora para informar a família da criança sobre o que ocorreu. Você lhe chama num canto e lhe diz: “Mãezinha, o seu filho levou uma mordida de um amigo hoje.” Ela logo responde: “O que? AH, não! Meu filho, não!”. São muitas as reações e os sentimentos são conflitantes nesta hora, porque você se sente incapaz de proteger aquela criança pequena de uma agressão.

Enquanto a mãe se sente arrependida de ter que trabalhar tanto e precisar da creche para educa-lo, ela se sente com raiva da professora, porque acha que ela foi displicente e não viu a mordida acontecendo e se sente com raiva do mordedor, que não soube se controlar

São muitas as variantes desses sentimentos e todas elas convergem para a pergunta que não quer calar: É normal uma criança morder a outra? A resposta é sim.

É comum que crianças pequenas expressem suas vontades e desejos através da mordida porque elas estão na fase chamada de Oralidade. Nesta fase, as crianças levam tudo à boca, brinquedos, objetos, suas próprias mãozinhas, até a mamãe, algumas crianças têm vontade de morder. Ela não morde porque sente raiva, mas este é um desejo incontrolável para ela.

Na creche, as crianças estão na mesma faixa etária e todas podem ter esta vontade. Às vezes, quando uma criança disputa um brinquedo com outra, ela puxa o brinquedo da mão do amigo e este tenta se defender com uma mordida, a sua intenção é marcar território, equivale a dizer: “Não, este brinquedo tá comigo”. Nesta fase, as crianças ainda não se expressam pela palavra, elas não são tão articuladas a ponto de dizer claramente o que as incomodam e, por isso, as mordidas se tornam frequentes.

Como você reage diante de uma criança que acabou de levar uma mordida na escola?

  1. Não brigue e nem julgue uma professora pelo o que aconteceu. As professoras também se sentem tristes quando veem seu aluno pequeno mordido.
  2. De forma alguma faça cena diante da criança. Vamos deixar que ela se acalme. Você deve conversar e protegê-la pelo menos por enquanto, para que não haja uma reincidência nas mordidas.
  3. Se o mordedor faz isso muitas vezes, a situação precisa de mais controle. Os pais precisam ser chamados e notificados para procurar um especialista ou ajuda psicológica para atuar junto a esta criança e esta família.
  4. Há uma diferença no caso de uma mordida como forma de expressão e isso pode acontecer eventualmente ou aquela criança que morde demais os amigos, incomodando a todos com seu ato agressivo.
  5. Não dê nomes, apelidos ou maltrate uma criança que mordeu a outra, ela não vai melhorar se você criar rótulos e a desqualificar de forma alguma, uma criança não pode ser desrespeitada.
  6. Você pode falar com um mordedor, corrigindo-o, mostrando que há consequências para os seus atos, que o amigo sentiu dor, ensine-o a sentir empatia.
  7. A criança mordida vai aprender no convívio diário que pode se defender dos outros, evitando as mordidas, indo brincar com outra criança diferente.
  8. O mordedor vai aprender com o tempo a ter controle sobre suas emoções e passa a ter um convívio social mais harmônico.

Esta fase tão comum a toda etapa infantil, precisa ser acompanhada de perto já que algumas crianças persistem neste comportamento, criando situações embaraçosas para todos os adultos envolvidos.

Famílias de mordedores também sentem empatia pela criança que foi mordida.

Adultos responsáveis pelas crianças em creches, professores, agentes educacionais, todos os educadores, evitam muitas situações de conflito com seu próprio corpo e muitas vezes são mordidos também. Sabemos que esta fase vai passar e que todos vão crescer, num ambiente acolhedor e cheio de afeto.